O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta quinta-feira (10) que a aliança com a ex-senadora Marina Silva, que ingressou no PSB após o fracasso da Rede, "causou verdadeiro terremoto na política brasileira". A declaração foi feita durante entrevista coletiva em São Paulo, ao lado de Marina Silva, para apaziguar ânimos de militantes da Rede e PSB acerca da candidatura para 2014.
Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
Questionado sobre como será a relação de PSB e Rede nos Estados, Campos afirmou que será necessário haver diálogo com a militância socialista. "Precisamos dialogar nos Estados, com a nossa militância, mostrar como é importante essa aliança que causou um verdadeiro terremoto na política brasileira, que dissipou muita energia, que vai trazer muita gente para esse conjunto."
Em alguns Estados, como no Rio Grande do Sul, o PSB integrou o governo do petista Tarso Genro. Em outros, como em São Paulo, a sigla faz parte da base de sustentação do tucano Geraldo Alckmin.
"Somos dois partidos independentes. A nossa aliança não é verticalizada, temos o compromisso com o projeto nacional e isso está posto pela Rede e PSB. Nos Estados as alianças estão sendo metabolizadas. Em algumas delas está tendo mudanças. Esse movimento dessa magnitude vai atrair muita gente (...) e obviamente aqueles que não compreenderam que não dá", afirmou Marina Silva.
Após o ingresso da ex-senadora no PSB, o deputado federal Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara, retirou apoio que havia declarado a uma possível candidatura de Campos. Expoente dos ruralistas, Caiado sempre foi alvo de críticas por parte de Marina e de ambientalista. Perguntado sobre as baixas, o governador disse que as consequências já eram esperadas.

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