quarta-feira, 27 de maio de 2015

Câmara rejeita incluir na Constituição doação de empresas para campanhas


Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defendia financiamento privado.
Com resultado, PMDB teve segunda derrota em votação da reforma política.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (26) – ao analisar um dos trechos da proposta de reforma política que tramita no plenário – emenda que incluía na Constituição Federal a doação de empresas a partidos políticos e campanhas eleitorais.
A emenda recebeu 264 votos favoráveis, 207 contrários e houve quatro abstenções. Mas, por se tratar de proposta para alterar a Constituição, eram necessários 307 votos a favor.
Com isso, o atual modelo misto de financiamento de campanhas eleitorais (público e privado com doações de pessoas físicas e jurídicas) fica inalterado.
Placar da Câmara da votação do financiamento misto extensivo a pessoa jurídica (Foto: Reprodução/TV Câmara)Paniel da Câmara mostra resultado da votação sobre
doações de empresas para campanhas eleitorais
(Foto: Reprodução/TV Câmara)
A Câmara ainda analisará nesta quarta (27), a partir das 12h, emendas que incluem na Constituição autorização para doações de empresas somente a partidos políticos e que autorizam somente doação de pessoas físicas a partidos e candidatos.
Mas, na visão do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as votações desta madrugada mostraram que a Câmara “não quer mudar nada” do sistema político e eleitoral do país.
“A Casa quer continuar como está. Está rejeitando mudanças. Acho que não vai passar nada. Não vai passar fim da reeleição, não vai passar coincidência eleitoral”, disse Cunha depois da sessão.

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