sábado, 30 de abril de 2016

Jô tenta explicar a Lei Rouanet e depois chora ao dizer que Chico Merda de Hollanda não merece ser “molestado”

 



“A reação dele foi levantar e dar uma cusparada no casal, que também é uma reação que é movida por um ‘não aguentar mais'”. (Jô Soares, nesta quarta-feira, ao justificar a estupidez de José de Abreu, autorizando a plateia a disparar jatos de saliva quando não aguentar mais as besteiras ditas pelo apresentador do programa).

Bom, eu até admito que possa ter havido exageros em uma ou outra abordagem por parte das pessoas de bem aos cretinos que defendem o governo, já que nunca se sabe como o fato específico começa. Mas é bom não esquecer que quem começou as provocações foram exatamente esses mesmos cretinos que hoje posam de vítimas, quando encamparam a absurda segregação proposta pelo governo, que “empobreceu” quem era situação e “elitizou” quem era oposição, em um maniqueísmo só visto nos tempos da URSS de Stalin, quando dividiu seu povo em “inimigos” e “vaquinhas de presépio”. O resultado todos sabem: 43 milhões de “inimigos” mortos.

Situaçãozinha esdrúxula essa onde quem normalmente é considerado como elite intelectual e econômica se faz de coitadinho insistindo em trocar os papéis com uma classe média cada vez mais oprimida e justamente revoltada.

Quanto à “explicação” do Jô sobre a Lei Rouanet, ele nega, mas é evidente que a sua aplicação tem pouco ou nada que se possa associar como um auxílio à Cultura, já que ele mesmo, riquíssimo e portanto perfeitamente capaz de bancar seus espetáculos, é freguês assíduo das benesses da lei, assim como tantos e tantos outros apaniguados do sistema, em prejuízo de milhares de artistas de valor que têm dificuldades em divulgar seus trabalhos.

Agora, Jô: vá chorar na cama, que é lugar quente. Guarde suas lágrimas de crocodilo para exibir a quem não lhe conhece e venda-se para estes. Quem sabe quem você é não lhe compra mais.

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