quinta-feira, 21 de julho de 2016

Programa Mais Médicos já tem ‘buraco’ de 1.200 profissionais

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  6. O impasse entre os Governos brasileiro e cubano sobre a reposição de profissionais da ilha que fazem parte do Mais Médicos e retornam para Cuba em novembro deste ano preocupa os municípios brasileiros, que já vivem a dificuldade de repor 1.200 vagas de cubanos que deixaram o programa nos últimos meses. Há cidades que já estão há três meses sem nenhum médico, o que faz com que doentes tenham que recorrer a localidades vizinhas para poder obter atendimento de saúde. A força de trabalho de Cuba representa quase 63% do contingente do programa, que leva médicos a áreas pobres do país onde, geralmente, profissionais brasileiros não querem ir.
  7. O contingente de 1.200 médicos representa pouco mais de 10% das 11.400 vagas de cubanos do Mais Médicos, que no total conta com 18.200 profissionais. O maior grupo deles deixou o país a partir de maio, por não ter sido aprovado no curso de especialização em saúde da família feito em parceria com universidades locais, afirma o Ministério da Saúde. O curso é uma exigência do programa, que é pensado como uma formação dividida entre parte teórica e prática, que é o atendimento da população. Em troca da formação, os participantes recebem uma bolsa de 10.000 reais -os cubanos ficam com 2.700 reais e o restante é repassado ao Governo de Cuba, dentro de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). 
  8. "Estamos trabalhando com o Governo e já está acordado que Cuba reporá esses profissionais", explica Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Dentro dessa negociação, parte das vagas ociosas foi preenchida por 50 médicos enviados por Cuba na semana passada. Nesta terça, chegaram mais 250 profissionais e, nas próximas semanas, outros 250 devem desembarcar. Eles esperam em Brasília para a regularização de documentos antes de seguir para os municípios. Ainda faltam, entretanto, outros 650 médicos para que se chegue ao patamar de meses atrás. Segundo o ministério, eles chegarão no país até agosto deste ano.

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