sábado, 18 de fevereiro de 2017

Pesquisa britânica mostra ligação entre lesão cerebral e cabeçadas

Resultado de imagem para foto de jogada de cabeça
Um estudo médico de pesquisadores britânicos estabeleceu uma ligação entre lesões cerebrais e uma das jogadas mais comuns do futebol.
A bola levantada na área sempre foi uma das jogadas mais perigosas do futebol. Agora cientistas encontraram indícios de que pode ser mortal também para o próprio jogador.

A University College London viu uma ligação entre a cabeçada e danos cerebrais. Pesquisadores comprovaram no cérebro de quatro ex-jogadores de futebol a chamada demência pugilística, uma doença degenerativa causada por repetidos golpes na cabeça.

Earnie Moss, de 67 anos, tem troféus e cicatrizes para exibir. O ex-jogador vem perdendo a memória por causa dessa síndrome. A filha tem certeza que a bola foi o algoz da família.

Ela afirma que não quer compensações, mas que os clubes de futebol construam uma clínica especializada para tratar ex-jogadores.

Quem assiste a uma partida de futebol não para pensar no que acontece no organismo do atleta. Depois de um cruzamento, uma bola pode ter um impacto brutal. O cérebro chacoalha dentro do crânio.
Um dos pesquisadores usa como exemplo Jeff Astle, um especialista em cabeçada. Como profissional, treinava a jogada até duas horas por dia. Ele e outros três ex-jogadores analisados tinham o estilo Inglês de futebol.

O cientista conta que, por causa do tempo ruim na Inglaterra, os campos eram um lamaçal. O famoso “chuverinho na área” era um atalho para o gol. Ele alerta que, para ser conclusivo, o estudo precisa envolver pelo menos cem ex-jogadores. Mas, por via das dúvidas, recomenda usar menos a cabeça. Talvez valha jogar mais com os pés e, reinventar de novo, o futebol.

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