quinta-feira, 9 de março de 2017

A devassa do BNDES vai humilhar a quadrilha do Petrolão

Entre 2007 e 2015, o BNDES torrou, no financiamento de obras realizadas pela Odebrecht no Exterior, 8 bilhões e 400 milhões de dólares Ou 28 bilhões e 300 milhões de reais, na cotação atual. Só em Angola, controlada há 37 anos pelo ditador José Eduardo dos Santos, um ladrão compulsivo muito amigo de Lula, 42 contratos engoliram 2 bilhões e 600 milhões de dólares, com juros anuais de pai para filho.  A vice-campeã da gastança foi a Repúblicana Dominicana, onde saíram pelo ralo 1 bilhão e 800 milhões de dólares. Com Lula e Dilma, o Brasil foi um pobretão metido a besta que se fantasiava de rico usando um fraque puído nos fundilhos. As dimensões siderais da gastança criminosa informam: quando começar a devassa da caixa preta do BNDES, o Petrolão vai parecer coisa de batedor de carteira.
Absorvido pela remoção de carências logísticas em paragens estrangeiras, o BNDES não tem tempo para tragédias domésticas. A BR-163, por exemplo, foi inaugurada em 1976 para ligar Cuiabá, capital de Mato Grosso, a Santarém, no Pará. Passados 40 anos, seguem sem asfalto 189 quilômetros que, na temporada das chuvas, viram um sorvedouro de mar de lama e barro que afoga boa parte da safra de grãos. Em janeiro de 2006, o BNDES aprovou crédito de 723 milhões e 270 mil dólares (ou 2 bilhões e 300 milhões de reais) para obras na rodovia. O asfaltamento do trecho que flagela os caminhoneiros e empresários do agronegócio custaria 824 milhões de reais. Mas o dinheiro continua retido em Brasília.
O BNDES lulopetista esbanjou agilidade ao presentear governos amigos. Nunca houve atrasos, por exemplo, nas mesadas que financiaram a construção do porto de Mariel, que sugou 682 milhões de dólares do país à beira da bancarrota. Dilma fez questão de discursar na inauguração, em Cuba, do superporto que o Brasil nunca teve.

Nenhum comentário: