Por Fabiano Costa e Mariana Oliveira, G1 e TV Globo, Brasília
Em
carta enviada no fim da tarde desta terça-feira (14) aos integrantes da
Procuradoria Geral da República (PGR), o chefe do Ministério Público
Federal, Rodrigo Janot, afirmou que as delações dos ex-executivos da Odebrecht mostram a "triste realidade" de uma democracia "tomada pela corrupção" e pelo abuso do poder econômico e político.
A mensagem interna foi enviada pelo procurador-geral logo após ele pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 83 inquéritos para investigar autoridades citadas nas delações da Lava Jato.
Não foram divulgados os nomes dos alvos dos pedidos porque a solicitação
tem caráter sigiloso. O procurador-geral pediu a retirada do segredo de
Justiça de todo o material, sob o argumento de que é necessário
promover transparência e atender ao interesse público
Na carta aos procuradores, Janot ressaltou que a PGR, ao todo,
apresentou 320 pedidos à Suprema Corte, entre os quais os 83 pedidos
para abrir inquéritos.
No comunicado, o procurador-geral lembrou que, a partir de agora, o
Ministério Público tem dois desafios: manter a "imparcialidade" e "velar
pela coesão interna".
Janot se comprometeu com os procuradores da República a manter a
condução da Lava Jato sob o compasso da técnica e com a isenção que se
impõe.
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