quarta-feira, 15 de março de 2017

Janot diz em carta que democracia brasileira está tomada pela corrupção

 Por Fabiano Costa e Mariana Oliveira, G1 e TV Globo, Brasília

Em carta enviada no fim da tarde desta terça-feira (14) aos integrantes da Procuradoria Geral da República (PGR), o chefe do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot, afirmou que as delações dos ex-executivos da Odebrecht mostram a "triste realidade" de uma democracia "tomada pela corrupção" e pelo abuso do poder econômico e político.

A mensagem interna foi enviada pelo procurador-geral logo após ele pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 83 inquéritos para investigar autoridades citadas nas delações da Lava Jato. 

 Não foram divulgados os nomes dos alvos dos pedidos porque a solicitação tem caráter sigiloso. O procurador-geral pediu a retirada do segredo de Justiça de todo o material, sob o argumento de que é necessário promover transparência e atender ao interesse público 

 Na carta aos procuradores, Janot ressaltou que a PGR, ao todo, apresentou 320 pedidos à Suprema Corte, entre os quais os 83 pedidos para abrir inquéritos. 

 No comunicado, o procurador-geral lembrou que, a partir de agora, o Ministério Público tem dois desafios: manter a "imparcialidade" e "velar pela coesão interna". 

 Janot se comprometeu com os procuradores da República a manter a condução da Lava Jato sob o compasso da técnica e com a isenção que se impõe.

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