Da reportagem do Tudorondonia
O diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata,
denunciou a deputada federal Marinha Raupp (PMDB) e o indicado do casal
Raupp na titularidade da Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia,
Williames Pimentel, por, supostamente, estarem apoiando o que ele
classificou de ação ilegal e criminosa da clínica São Pelegrino, de
Porto Velho, que também atua no tratamento da doença.
Henrique Prata disse não entender os motivos que levaram Marinha a
defender o credenciamento, no Ministério da Saúde, da São Pelegrino para
atuar no tratamento do câncer em Rondônia, já que, segundo ele, a
clínica está atrasada em pelo menos 20 anos, ultrapassada
tecnologicamente. E o mais grave: estaria causando graves prejuízos aos
pacientes com câncer.
Henrique Prata afirmou ter provas - e pretende levá-las aos
conhecimento do Ministério da Saúde- que a clínica defendida com unhas e
dentes por Marinha Raupp e Pimentel causa pelo menos quatro perfurações
de intestinos de pacientes por mês com seus métodos ultrapassados de
tratamento do câncer.
Segundo o diretor do Hospital do Câncer de Barreto, a ação da
deputada, protegendo a clínica, ajuda a perpetuar esta ação altamente
prejudicial à saúde dos pacientes.
Ele disse ter sido chamado para uma reunião na Secretaria Estadual de
Saúde onde estava o casal Raupp. Na ocasião , com apoio de Marinha
Raupp, foi lhe dito que a São Pelegrino iria continuar atuando.
Posteriormente, Prata foi chamado pelo senador Valdir Raupp, desta vez a
sós, que disse não concordar com nada daquilo, ou seja, se contrapôs à
própria mulher, que insiste no credenciamento da São Palegrino.
Henrique Prata explicou que o Hospital do Câncer de Barretos em Porto
Velho, que tem recebido apoio de toda a comunidade, é um centro de
referência que faz todo o tratamento do câncer, com profissionais
altamente capacitados e aparelhos de última geração, enquanto a São
Pelegrino, defendida por Marinha Raupp, realiza apenas uma parte do
tratamento, com equipamentos atrasados de 20 anos.
"Isso não existe em lugar nenhum no mundo. Nem no Brasil. Só em
Rondônia, e com o apoio da deputada Marinha", desabafou Henrique Prata.
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