segunda-feira, 25 de junho de 2018

Cassol diz que cumprirá pena de cabeça erguida, reafirma apoio a Expedito e denuncia sala da propina no Governo

 Cassol diz que cumprirá pena de cabeça erguida, reafirma apoio a Expedito e denuncia sala da propina no Governo

Sobre a sala da propina, disse que Pimentel saiu do Governo para disputar uma vaga à Assembleia Legislativa, mas deixou seu time na Sesau. “Falei com o governador Daniel Pereira, que ficou informado sobre esta situação. Ele tem de botar esta gente pra correr”, acrescentou Cassol.


Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia/Fotomontagem: Opovoro 
Publicada em 23 de junho de 2018 às 17:59


Na Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia existe uma sala da propina. Quando um fornecedor  ou prestador de serviço do Governo vai receber,  é chamado à parte para uma conversa de pé de ouvido e tem de abrir o bolso. O empresário só recebe se pagar propina.
A grave  denúncia foi feita pelo senador licenciado Ivo Cassol (PP) durante entrevista ao jornalista Rubens Coutinho, editor do Tudorondonia, na terça-feira, 19, um dia antes do julgamento no STF que selou seu destino político, tornando-o inelegível.
Na véspera da decisão final do STF, que analisou o último recurso do senador rondoniense, ele ainda acreditava que reverteria a situação no Supremo, obtendo a prescrição da pena no processo em que foi condenado a pouco mais de quatro anos de prestação de serviço pela acusação de fraude à licitação quando era prefeito de Rolim de Moura.
Na entrevista, além de acusar o ex-governador Confúcio Moura (MDB) de quebrar e inviabilizar o Estado pelas próximas gerações, Ivo cassol apontou suas baterias para o ex-secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, pré-candidato a deputado estadual pelo MDB.
Cassol acusou Pimentel de tentar atrapalhar o funcionamento, em Porto Velho, do Hospital do Câncer de Barretos para não ferir interesses econômicos de fornecedores e prestadores de serviço do estado. “Por trás disso tem alguém mamando”, acusou.
Sobre a sala da propina, disse que Pimentel saiu do Governo para disputar uma vaga à Assembleia Legislativa, mas deixou seu time na Sesau. “Falei com o governador Daniel Pereira, que ficou informado sobre esta situação. Ele tem de botar esta gente pra correr”, acrescentou Cassol.
Segundo o senador, hoje o governador Daniel Pereira não tem como alegar desconhecimento.
APOIO A EXPEDITO
Sobre política, além de conjecturar sobre uma possível candidatura ao Governo, ideia agora abortada pela decisão final do STF, que não declarou sua pena prescrita, como era a sua expectativa na véspera do julgamento, Cassol declarou apoio aberto à pré-candidatura do ex-senador Expedito Junior (PSDB) ao Senado.
Lembrado pelo jornalista Rubens Coutinho de que existe um vídeo no Facebook em que ele, Cassol, aparece afirmando que tinha rompido com Expedito, o senador disse que as diferenças políticas ficaram no passado e que o tucano é, sim, seu candidato ao Senado.
Cassol explicou que as divergências com Expedito ocorreram porque este, que estava inelegível em 2010, insistiu numa campanha ao Governo, supostamente prejudicando a candidatura  do então  governador João Cahula. “Na época eu apoiava o Cahula ao Governo e o expedito manteve a própria candidatura,  fadada a não vingar, por conta da inelegibilidade, prejudicando assim o nosso candidato, e isso nos distanciou”.

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