A traição amorosa, caracterizada pela quebra de fidelidade entre um casal, é uma das principais causas de separação. Apesar da traição não ser um assunto novo, afinal ela sempre esteve presente na história do ser humano, de acordo com o padrão cultural de cada época,ninguém gosta de ser traído. Este temor aumenta ao se dar conta que a traição pode ocorrer independente da classe econômica, social ou tempo de relacionamento. Todos estão sujeitos.
O sofrimento atinge a qualquer um que passa por esta vivência. Aprender a lidar com as próprias emoções é o segredo e também o desafio. E como fazer isso? Como aceitar que o outro quebrou o contrato do “foram felizes para sempre”?
Seja como for, a dor é intensa. No entanto, apesar de não ser a saída para as crises conjugais, a traição também pode – e deve - levar o casal a refletir e avaliar a relação, o que possibilita vê-la sob um prisma positivo. Eis alguns pontos que aponta o lado bom de uma traição:
- Sinaliza algo de errado na relação: mesmo que o traído diga que foi surpreendido, na verdade havia lacunas nesta relação que ambos ignoraram com a crença ilusória de que o acaso cuidaria disto.
- Possibilita conversar francamente sobre o que cada um espera do relacionamento: há casais que tem expectativas sobre o outro, mas que nunca foram ditas, uma vez que presume-se que o outro já saiba. É o dito pelo não dito. Quando tais expectativas não são atendidas, gera frustrações que, para alguns, a saída é um caso extraconjugal.
- Aponta para a necessidade do casal se unir mais: a rotina diária, pressões no trabalho, atenção aos filhos, cansaço etc., faz com que, muitas vezes, o casal se esqueça de cultivar um tempo só pra si, levando, assim, ao distanciamento de ambos.
- Coloca um ponto final no sofrimento: muitas vezes a traição é o encerramento de um relacionamento que vem se arrastando com muitas brigas, mesmo que permeadas com tentativas de reconciliações.
No entanto, apesar dos pontos positivos da traição, superá-la é um processo doloroso, inevitável e é preciso respeitar cada etapa. Decisões precipitadas como optar pela separação ou passar por cima da situação, só traz alívio temporário. Por isso é fundamental a reflexão, encarando a si mesmo.
A decisão em manter o relacionamento ou separar é pessoal e pertinente a cada casal. Não há um padrão de comportamento diante da traição. Cada um deve avaliar sua história. O fundamental é ser feliz, mas sem dissimulações defensivas.
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