Em entrevista à BBC Brasil, Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), foi questionado sobre o julgamento do ex-presidente Lula e as chances do petista disputar as eleições de 2018.
Segundo Barroso, o melhor é que a indefinição sobre a candidatura se esclareça, e que se defina o mais cedo possível quais vão ser as regras e quem vai poder ser candidato.
"Eu não sou comentarista político, portanto, não cabe a mim analisar as implicações da candidatura de A ou de B. Mas, se há uma indefinição jurídica, eu acho que quanto mais célere puder ser o esclarecimento dessa situação, melhor", disse.
Se o ex-presidente for condenado pelo TRF-4, ainda poderá tentar concorrer com uma decisão do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o Barroso assume uma vaga efetiva em fevereiro.
Ao responder sobre a baixa confiança que a população brasileira tem hoje no Supremo, apontada por pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Barroso fez críticas à decisão da corte de autorizar que o Senado derrubasse o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que chamou de "semissuicídio institucional".
Ele disse ainda que o Supremo desempenha mal um papel que não lhe cabe: funcionar como tribunal criminal de 1º grau 'para julgar políticos encrencados'.
Confira os principais trechos da entrevista.
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