Dominado por petistas há anos (e a maioria deles ainda está lá), o Ibama segue a cartilha partidária, com apoio de parte do Ministério Público Federal e de parte do Judiciário, para impor sua vontade sobre as questões ambientais. Na maioria dos casos, cumpre a legislação, criada exatamente por parceiros ideológicos, tratando quem trabalha e produz na Amazônia como bandido. Claro que os há, até em profusão, principalmente madeireiros ilegais, destruidores da floresta e membros de grupos de sem terra que, onde invadem, transformam tudo em área arrasada. A única diferença é que, na maioria dos casos, quando a destruição ambiental é feita por gente do MST, da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e outros movimentos, aí não aparece nem Ibama, nem MPF e nem Judiciário para intervir. Rondônia tem sido vítima do Ibama e seus exageros há anos. O país trocou o governo dos petistas, derrubado por outro, que está caminhando para ser pior ainda, de Michel Temer, mas parece que os superpoderes do Ibama continuam intactos. O órgão manda até mais que o Judiciário. Legalmente. Seus fiscais podem, por exemplo, a seu bel prazer, destruir máquinas, equipamentos, balsas, dragas, incendiando-as e não precisando prestar contas a ninguém. Recentemente, na região de Humaitá, o que se viu foi uma reação dos garimpeiros (que estavam errados e deviam ser processados na forma da lei), que tiveram seus bens destruídos pelos membros do todo poderoso Ibama. Em represália, garimpeiros e suas famílias puseram fogo no prédio e em veículos do Ibama. Imediatamente representantes das Forças Armadas foram enviadas para lá, para conter os protestos. Nunca o foram para proteger as vítimas da força bruta do Ibama.
Agora, depois de tantos desmandos e tantas ações truculentas, ao menos ouve-se uma voz com coragem suficiente para vir a público e confrontar o Ibama. O órgão foi corresponsável por um enorme prejuízo à exportação de madeira de Rondônia e até de vizinhos bolivianos, ao abrir cargas, em Manaus, que já havia sido vistoriadas e liberadas por aqui, em todos os níveis de fiscalização. Lá no Amazonas, as decisões dos mesmos órgãos foram ignoradas. Milhões de reais em prejuízos, empregos colocados em risco e, pior, grande perigo para nossas futuras exportações. Como o Ibama local, que tinha autorizado a madeira a ser exportada, não fez absolutamente nada para contestar o que o mesmo órgão fez em Manaus, o vice governador e futuro governador Daniel Pereira exigiu, em entrevista ao jornalismo da SICTV/Record, a imediata exoneração do superintendente do Ibama, Carlos Alberto Paraguassu Chaves. Ao menos alguém criou coragem para enfrentar esses abusos. Pode até não ser ouvido, mas Daniel está mostrando que não vai se calar ante essas decisões ideológicas que nos prejudicam.
Publicada em 14 de fevereiro de 2018 às 09:07
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