Banco Central corta Selic em 0,25 p.p., para 2%, e aponta que novos ajustes podem ocorrer com ”gradualismo adicional”
Mercado agora fica atento para sinais de que ciclo de ajuste monetário pode ter terminado
Por Rodrigo Tolotti - InfoMoney

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (5) cortar a Selic em mais 0,25 ponto percentual, para 2,00% ao ano, renovando a menor taxa básica de juros da história.
Foi a nona redução seguida na taxa básica de juros e era amplamente esperada pelos analistas, com 30 de 34 especialistas consultados pela Bloomberg projetando um corte desta magnitude.
De um lado, a economia segue em recuperação lenta diante da crise do coronavírus, enquanto de outro a inflação se mantém baixa por conta do consumo fraco.
No último relatório Focus que, após o corte desta quarta, a maior parte dos economistas projetou que a Selic vai se manter estável até o fim do ano pelo menos.
Nesta linha, o Copom reforçou em seu comunicado que “entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.
Diante disso, o BC evitou cravar que este foi o fim do ciclo de corte de juros, dizendo que “eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”.
Do outro lado, o comunicado também reforça que o “Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação”.
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