Jacob do Bandolim
Na virada do século 19 e 20, existia no leste europeu a organização criminosa Zwi Migdal que traficava mulheres judias para o Brasil, Argentina e Estados Unidos. O Migdal era formado por mafiosos da própria comunidade judaica e prometia uma vida bem melhor para aquelas moças oriundas de famílias polonesas miseráveis. Escravizadas sexualmente, ficaram conhecidas como ‘polacas’.
Raquel Pick foi uma delas. No Rio, seu nome de guerra era ‘Regina’. Passou parte da vida dignificando às conterrâneas que até então eram discriminadas até à morte. Foi Raquel quem lutou para que elas fossem enterradas conforme os rituais judaicos, no Cemitério de Inhaúma.
Depois de casada com o capixaba Francisco Gomes Bittencourt, ela deu a luz a um menino, em 14 de fevereiro de 1918. Na certidão de nascimento, era Jacob Pick Bittencourt. Para a história da música, o autodidata Jacob do Bandolim, um dos melhores instrumentistas da história da MPB e autor de diversos clássicos do choro até morrer num dia como hoje, em 13 de agosto de 1969.
‘Doce de Coco’, ‘Noites Cariocas’ e outras obras-primas são hoje tocadas e estudadas em universidades de musica do Brasil e da Europa. Também é possível ouvir Jacob do Bandolim no leste europeu.
(com informações da Wikipédia -)
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