POR - FABIANO GOMES

 O Brasil é a noiva da vez

O Brasil, país emergente do terceiro mundo, que já navegou pelos sete mares da instabilidade econômica atingindo picos de descrédito junto às tais ditas nações ricas, aquelas que compõem o G7, navega agora e finalmente em águas paradisíacas de saúde financeira e creditícia, iniciando 2012 coroado como a 6ª economia mundial.

Não é pouco para o país mulato; conquistar reservas cambiais colocando o PIB de sua população na casa do U$ 3,5 trilhões, deixando de ser o famigerado salário mínimo um indicador social de fome – e neste ponto é importante registrar os esforços empreendidos pelo governo socialista de Inácio da Silva, o Lula. Apesar de empreender um elenco de ações sociais populistas e do sequestro da consciência eleitoral e política das classes menos favorecidas, Lula criou em seus oito anos de governo, programas de cunho social que visaram garantir a transferência de renda e da riqueza nacional para os extremamente pobres, antes mantida na mão de poucos (3% da população). Para os que viviam no miserê foram criados e melhorados programas como o bolsa família, bolsa escola, tarifa econômica de energia, o minha casa minha vida, programas estes que passaram a fazer parte do cotidiano de 25 milhões de brasileiros. E, parodiando o próprio Lula, pode-se afirmar que; “ Nunca dantes na história deste país, houve um processo de transferência de renda de tal monta – mesmo que, a fatura tenha sido a liberdade de expressão do voto, atrelado automaticamente ao PT. Daí possivelmente tenha advindo a eleição de Dilma.

Atingir o patamar de 6ª economia mundial é um feito premeditado e antecipado no contexto histórico, não fora premeditado para acontecer antes de 20 anos de poder petista e já se antevê resultados decorridos 12 anos de estrela vermelha, sem que para isto uma única bala tenha sido disparada, como anunciavam os apocalípticos da política(Se o PT for ao poder, teremos derramamento de sangue).

O País mulato, que tem o Rio de Janeiro, mais especificamente a praia de Copacabana como seu principal cartão postal, haveria logicamente de descobrir sua melhor fórmula de revolução social, respeitando-se aí todo o cabedal cultural de sua população “morena”. Brizola não sabia disso, Heloisa Helena, nem pensar! Nem mesmo Antônio Conselheiro ou Ernesto Geisel e sua turma de fardados sabiam desse poder eclético da raça brasilis.

O Brasil é dos brasileiros; na doença, na indiferença, na contabilidade das lágrimas derramadas nos piores momentos; tantas mortes anônimas, desejos não alcançados. Nada disso foi de brincadeira e serviu de têmpera e Lula, de qualquer forma assimilou a alma nacional. Este sentimento de saia justa existente no brasileiro.

O bolo de noiva está pronto, elaborado com massa de pão-de-ló e glacê fino; É chegada a era do pré-sal, do poder aquisitivo das classes C e D cruzando os ares na onda de um turismo em Ascenção. A nova moeda de câmbio nacional será o turismo competitivo.

As surpresas não param por aí; A presidente Dilma prepara em seu laboratório a revolução do saber – o meio de avanço da tecnologias de suporte às engrenagens da indústria nacional. Até 2016 serão criadas cerca de 10 milhões de vagas em cursos técnico e universidades federais. “Só não estuda quem não quer...” diz o mote da campanha. E somente assim, teremos, em torno de 2020, a saúde de que nosso povo necessita e tem direito. Somente dessa forma teremos o impulso intelectual e tecnológico para tocar setores de ponta que moverão a economia nacional. Ela passará necessariamente pela reforma de estaleiros navais e aeroportos, centros de pesquisa espacial, tecnologia de produção de alimentos, centros avançados de pesquisa em saúde, com tecnologia de nível superior na produção de medicamentos e vacinas com maior poder defensivo à saúde. E assim vai!

Sem copiar, sem espelhar ou humilhar-se aos modelos de saberes norte americano, europeu ou oriental, teremos, nós brasileiros, a chance de vivenciar nosso modelo moreno, mulato, diverso e simpático aos olhos do mundo.