O ex-presidente Lula, em entrevista concedida a Leonardo
Cavalcanti e Tereza Cruvinel, em 26 de setembro, publicada neste domingo pelo Correio
Braziliense, finalmente quebrou o silêncio de mais de 300 dias sobre o
escândalo em que se meteu ao lado de Rosemary Noronha.
Os competentes reportes pouparam Lula e fizeram apenas duas
perguntas sobre o episódio e, Lula não se fez de rogado e sem nenhum
constrangimento satisfez a curiosidade dos seus entrevistadores.
Vejam as perguntas de “compadres” e as respostas de quem tem
culpa no “cartório”:
CB ─ Como o senhor avalia a decisão da
CGU de pedir a destituição do serviço público da ex-chefe do Gabinete da
Presidência de São Paulo, Rosemary Noronha, por 11 irregularidades, incluindo
propina, tráfico de influência e falsificação de documentos?
Lula: Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já
sabia o que ia acontecer.
CB ─ Mas tudo ocorreu dentro de um
escritório da Presidência, em São Paulo.
Lula: Deixe-me falar uma coisa. A CGU julgou um relatório feito pela Casa
Civil. E pelo o que eu vi do relatório, ele confirma as conclusões da Casa
Civil. Todo servidor que comete algum ilícito tem de ser exonerado. O que valeu
para o escritório vale para qualquer lugar no Brasil, no setor público. Vale
para banco, vale para a Receita Federal. Vejo isso com muita tranquilidade.
(Lula se vira para o assessor de imprensa e pergunta). “Não foi exonerado esses
dias um companheiro que trabalhava com a Ideli (Salvatti)”? (Lula se refere ao
assessor da Subchefia de Assuntos Federativos, Idaílson Vilas Boas Macedo, após
notícias de que faria parte do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela
Polícia Federal na Operação Miqueias).
Com relação as mais de 20 viagens
internacionais quê Rosemary Noronha fez ao lado de lula, Leonardo
Cavalcanti e Tereza Cruvinel não tocaram
no assunto. Reportes camaradas esses
dois. Eles devem ter deixado essa pergunta para próxima entrevista.
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