Entra ano, sai ano e o povo do Bairro Bom Jardim (MUTIRÃO) continua
sendo desrespeitado pelo poder público, sem lenço e sem documento, sem nada no
bolso ou na mão.
De concreto, por enquanto, só a esperança consola os que lá moram, depois da frustração com
mais um mandato de prefeito.
Depois de vários desabafos de José Aparecido Roque Alves, Borracha,
presidente do bairro, com quem trabalho no Centro de Zoonose, resolvi conferir “in
loco” e o que vi foi um total estado de abandono.
Ao conversar com algumas pessoas, resolvi fazer essa matéria
e tornar público como vivem esses moradores.
.
O estado em que se encontra o bairro não é de hoje, mas
segundo o Borracha não existe nenhum gesto da atual administração que sinalize
por menor que seja algum tipo de mudança em favor da população.
A população ali residente é de gente trabalhadora, é tanto verdade
que só uma pequena parte vive da mísera ajuda do Bolça Família. A grande maioria
vive de renda fruto do seu trabalho.
A maioria das casas se
encontram em estado lastimável, algumas delas abandonadas por não oferecerem condições
de serem habitadas.
A reclamação geral é a demora da prefeitura em regularizar os
lotes, exigência principal da Caixa Econômica para a liberação de crédito para
reforma dos imóveis.
Estive no Cartório Mesquita para verificar como estava o andamento
do processo de regularização dos terrenos e tive como resposta o seguinte: o
município de Rolim de Moura até o momento não deu entrada em nenhuma
solicitação nesse sentido.
Fui informado ainda, que foi uma arquiteta lá e fez uma consulta de como
proceder para dar entrada no processo de regularização, mas ficou nisso e, ninguém
mais procurou o Cartório para tratar do assunto.
Borracha disse ainda que, semana passada esteve no gabinete
do vice-prefeito Luizão do Trento que também é secretario de fazenda e
planejamento para tratar do assunto, mas foi aconselhado a ficar quieto que no
momento a prefeitura não dispõe de recurso para mexer com isso.
Outra coisa que o Borracha comentou foi com relação ao Centro Comunitário, que nada mais é do que um salão onde os moradores se reúne para discutir seus problemas.
Segundo o presidente Borracha, a cerca de sessenta dias um secretário municipal acompanhado da procuradora municipal, se reuniram com a comunidade para informar que a partir daquela data, para que eles usassem o salão para suas reuniões teriam que assumirem a conta de luz, pois o município não mais iria arcar com o pagamento.
A conta é em torno de 70,00 reis, quantia irrisória para prefeitura, mas para aquelas pessoas não, até por que só dois ou três contribui.
Outra coisa que o Borracha comentou foi com relação ao Centro Comunitário, que nada mais é do que um salão onde os moradores se reúne para discutir seus problemas.
Segundo o presidente Borracha, a cerca de sessenta dias um secretário municipal acompanhado da procuradora municipal, se reuniram com a comunidade para informar que a partir daquela data, para que eles usassem o salão para suas reuniões teriam que assumirem a conta de luz, pois o município não mais iria arcar com o pagamento.
A conta é em torno de 70,00 reis, quantia irrisória para prefeitura, mas para aquelas pessoas não, até por que só dois ou três contribui.
Para piorar a situação dos que residem lá, o único lugar de
lazer que é o campo de futebol, está sendo solicitado pelo proprietário a
desocupação da área.
Segundo o Borracha e o Sr. Luiz Cândido, técnico da escolinha
de futebol, eles não invadiram nada e estão lá há 22 anos, com consentimento do
proprietário, quando a área pertencia ao Marcondes.
Ele disse que não sabe por que só de um ano pra cá veio o
questionamento. Não entro nesses detalhes, até por que o atual proprietário está
de posse de um documento da prefeitura e de escritura pública que atesta que
ele é o proprietário da área e, nada mais justo que ele tome posse desta.
Ainda segundo Borracha, na condição de presidente do bairro, para
desocupar o local, ele precisa de um parecer da Justiça, pois ele representa a
comunidade que nele confiou quando o elegeu.
Borracha disse também que já
tentou de tudo para que a prefeitura encontre uma solução para o problema, mas
sempre tem como reposta que a área é particular e assim sendo a prefeitura não
tem como ajudar a população.
Essa resposta é eivada de má vontade, pois a prefeitura tem
com indenizar o proprietário, desapropriar a área e doa-la a comunidade.
Eu acho que os vereadores nunca visitaram o Bom
Jardim/Mutirão, pois do contrário o bairro não se encontrava no estado de
abandono em que se encontra.
O meu questionamento não é quanto a quem tem direito ou não
sobre a área do campo de futebol. Questiono o descaso do poder público
municipal que tem a obrigação de promover o bem está da população e não cumpre
com sua obrigação.
Sei que corro o risco de um puxa-saco desqualificado ler essa matéria e chegar para o prefeito dizendo que eu estou contra ele, mas tudo bem, eu não abro mão da minha liberdade de opinar e nem de exercer minha cidadania.
Não estou aqui fazendo oposição a ninguém e, nem tão pouco contra o prefeito César Cassol e nem o Luizão do Trento. Só estou mostrando drama daquelas pessoas e, quem for lá conferir,com certeza vai me dar razão.
Não estou aqui fazendo oposição a ninguém e, nem tão pouco contra o prefeito César Cassol e nem o Luizão do Trento. Só estou mostrando drama daquelas pessoas e, quem for lá conferir,com certeza vai me dar razão.
Sei que a prefeitura está com dificuldades financeiras, mas isso
não pode ser um impedimento para que o poder público leve pelo menos esperança
para aquelas pessoas humildes e trabalhadoras.
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