quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pós- Marina: Caiado desce do palanque de Eduardo Campos Read more at http://lauritaarruda.com.br/pos-marina-caiado-desce-do-palanque-de-eduardo-campos/119651#VhTzeioAji8xowGi.99

Da Folha de São Paulo
13282563
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos representantes e defensores do agronegócio no Congresso, considera-se uma espécie de primeira vítima da união firmada entre Eduardo Campos (PSB-PE) e Marina Silva. Vetado publicamente pela ex-senadora, ele desabafou em entrevista àFolha. “Eu botei o pé na calçada e um carro a 300 Km/h me atropela. Não deu nem para ver [a placa]“.
Folha – O sr. foi rifado?
Ronaldo Caiado - Eduardo Campos me recebeu em Pernambuco, em sua residência. Assumi, em março, a candidatura dele à Presidência. Fui o único do meu partido, um dos poucos do Brasil [naquele momento]. Ele disse que iríamos sair do duelo [governo/oposição], dessa política de identificar inimigo para ser eleito e prometeu trazer todas as tendências.
Está magoado?
Decepcionado, um balde de água fria. Não temos mais como estar juntos em Goiás. Não vou ter o pé em duas canoas. Quando conversei com Eduardo, não havia esse preconceito. Não imaginei esse gesto agressivo da ex-senadora. Essa tese de inimigo histórico é política talibã.
Haverá consequências?
É espantoso alguém querer pleitear a Presidência e ter essa visão tão excludente do setor, nacionalmente o maior pilar da economia. Como vou conviver com uma chapa de candidato a presidente que é preconceituosa com o setor primário [agronegócio]? Eu sempre fui muito coerente, mas nunca intolerante. Hoje, não sei identificar se o candidato é Eduardo ou Marina.
O sr. ainda votaria nele para presidente?
[Silêncio] Não. Dispensou meu voto e está excluindo o setor que represento. Não tenho como me posicionar favorável a candidato que diz: ‘Olha, existe aqui uma barreira para o produtor rural’. Senti nele uma posição tíbia. Não o reconheço. Não foi a Marina quem aderiu ao Eduardo, foi ele quem aderiu à Marina.
O sr. carrega o símbolo ruralista, mas não é exagero dizer que isso foi um veto ao setor?
Não consigo entender uma pessoa querer governar o Brasil e não querer conversar com representantes de um segmento que é alicerce do país. Eles poderiam, ao menos, ter me avisado que eu fui vendido.
Vendido ou trocado?
Isso me faz lembrar do Afonsinho, jogador de futebol. Ele foi substituir Gerson numa partida no Maracanã. Entra em campo, começa com tudo. Vem o lateral, dá uma trava nele e diz: ‘Ô, seu babaca, você não sabe que esse jogo foi vendido, não?’. Podiam ao menos ter me dito que eu tinha sido vendido na noite de sábado. Eu fui atrás da bola, busquei apoio para ele, fiz campanha naquela euforia toda e, de repente, levo o tranco. Deviam ter me dito: Caiado, acorda, você já foi vendido! Faltou sinceridade.
O sr. colocou algum veto à Marina no sábado?
Eles telefonaram para mim eufóricos de alegria. Eu disse que não tinha preconceito.
E depois, o que houve?
Não sei se foi uma virose, uma bactéria [risos]. Sábado me ligaram até para dizer que o governador futuramente me queria ministro da Agricultura. Veja, eu não estou desenhando algo que não quis ver, não. Eu botei o pé na calçada, e um carro a 300 Km/h me atropela. Não deu nem para ver [a placa].
TL COMENTA: O primeiro fato relevante da corrida presidencial tem reflexos diretos no DEM do senador José Agripino Maia, que agora pode seguir unido para o ninho do tucano Aécio Neves. Em se tratando da política potiguar, aumenta a  distância entre os interesses do grupo psbista wilmista e o DEM. Por enquanto!

Read more at http://lauritaarruda.com.br/pos-marina-caiado-desce-do-palanque-de-eduardo-campos/119651#VhTzeioAji8xowGi.99

Nenhum comentário: