quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

FORRÓ DA BICHARADA - Mestre SIVUCA da Paraíba

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Lançaram na floresta um forró lascado
Dançou bicho com gente por todos os lados
O tempo ficou quente o certo ficou errado
Era um só braço dado até o dia clarear

E o povo na pisada com a bicharada,
O rato com o empresário, o pato com canário
Raposa com banqueiro, trouxa com carneiro
E a noiva do açougueiro enfeitiçou o boi.
Cavalo com gerente, a mula com o tenente
E o tempo ficou quente e quem não foi, não foi.

Êita festa danada, arde o côro e a moçada
Nessa dança safada não se cansa de espalhar (bis)

Lançaram na floresta....
E o povo na pisada com a bicharada,
O rato com o empresário, o pato com canário,
Raposa com banqueiro, trouxa com carneiro
E a noiva do açougueiro enfeitiçou o boi.
Disseram que foi visto o burro com o ministro
E o fim de tudo isto sabe-se o que foi.
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Natural de Itabaiana, interior da Paraíba, Severino Dias de Oliveira começou a tocar sanfona aos 9 anos de idade, em feiras, festas, batizados etc., e tornou-se um dos estilistas do instrumento. Aos 15 anos foi para Recife, onde começou a carreira profissional na Rádio Clube de Pernambuco, e adotou o nome artístico. Aos 18 tornou-se aluno do maestro Guerra-Peixe, com quem aprendeu arranjo e composição. Gravou o primeiro LP em 1950, em parceria com Humberto Teixeira, que gerou o primeiro sucesso, "Adeus, Maria Fulô", regravada em versão psicodélica pelos Mutantes em seu disco de 1968. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, sendo contratado pela Rádio e TV Tupi. Gravou mais três LPs e fez algum sucesso, até que em 1958 foi pela primeira vez para a Europa com o grupo Os Brasileiros, de que era o acordeonista. Acabou radicando-se em Lisboa, e em seguida em Paris, onde gravou discos e fez diversas apresentações. Em 1964 mudou-se para Nova York, e lá viveu por 12 anos. Trabalhou com Miriam Makeba, para quem fez o célebre arranjo do mega sucesso "Pata Pata", e com ela excursionou pela Ásia, África, Europa e Américas, até 1969. Nos Estados Unidos trabalhou com outros artistas brasileiros, como Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Gloria Gadelha, com quem se casou e compôs "Feira de Mangaio", considerado um dos clássicos do forró. Outras parceria bem-sucedidas são "João e Maria" (com Chico Buarque), "No Tempo dos Quintais" (com Paulo Tapajós), "Energia" (com Glória Gadelha) e "Cabelo de Milho" (com Paulo Tapajós). Na década de 70 tornou-se popular nos países escandinavos, gravando discos ao vivo e fazendo muitos shows, atividade que continua até hoje.

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