quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

POR - ALEX MEDEIROS


A desconstrução de Dilma

Em  por Alex Medeiros
Atualizado em 4 de dezembro às 10:40




P
arem as rotativas virtuais das redes sociais.
Está em marcha uma trama para lançar o governo Dilma na fogueira, bem antes que o fogo da sua própria incapacidade administrativa chamusque o segundo mandato.
E de onde partiria tal urdidura política?
Quem apostar nos tucanos, nas elites sudestinas, na direita de pijama, no stablishment de Washington, nos seguidores do cantor Lobão ou nas viúvas de Aécio Neves, vai perder feio.
E também não pensem que os redatores petralhas, tipo Luis Nassif ou Paulo Nogueira, já identificaram a origem do golpe contra a companheira ex-terrorista.
A queda política de Dilma está sendo tramada no submundo das instâncias partidárias do PT, entre lideranças esquerdopatas que seguem as cartilhas de Lula e de Zé Dirceu, que andaram muito tempo afastados e agora se reaproximam para retomar o remoto projeto que já deu certo duas vezes: colocar o “barba” na cadeira de presidente da República.
Ninguém mais do que os radicais petistas comemoraram a alternativa liberal imposta por Dilma na sua nova equipe econômica. Lulistas e dirceuzistas agora acendem velas aos diabos vermelhos do marxismo para que tudo dê errado, provocando assim o desgaste do governo antes do tempo, que leve a um processo de impeachment que aos olhos do povo pareça golpe da direita.
Estaria assim aberto o caminho para o retorno messiânico de Lula em resposta ao pretenso golpe das elites e das castas judiciárias.
Na avaliação dos idealizadores do teatro golpista, o PT não terá chances de permanência no poder central se Dilma for até o fim e sofrer um naufrágio administrativo, o que abriria espaço para uma candidatura do PSDB, com Aécio ou outro nome como Geraldo Alckmin. Há petistas que já temem até um Joaquim Barbosa de vice dos tucanos.
Diante da quase certeza de que Dilma Rousseff não fará um segundo governo, é melhor forjar o golpe burguês para devolver ao Lula a aura de salvador da pátria.

Nenhum comentário: