Em resumo, Calero falou no depoimento:
- Que recebeu uma ligação de Geddel Vieira Lima, que pediu, em tom assertivo, que o Iphan nacional homologasse a decisão autorizativa da obra tomada pela Superintendência do Iphan da Bahia, e informou que possuía um apartamento no empreendimento
- Que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ligou e argumentou que se a questão estava judicializada, não deveria haver decisão administrativa definitiva a respeito e que tentasse construir uma saída com a AGU
- Que o presidente Michel Temer o chamou para comparecer ao Palácio do Planalto e disse que a decisão do Iphan havia criado “dificuldades operacionais” em seu gabinete, pois o Geddel encontrava-se bastante irritado, e que pediu para que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU, porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução, e que no final da conversa o presidente disse ao depoente “que a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão”
- Que ele, ao final da conversa com o presidente, ficou bastante desapontado, uma vez que foi advertido em razão de ter agido sem cometer qualquer tipo de irregularidade, que sentiu-se decepcionado também pelo fato de não ter mais a quem reportar-se a fim de solucionar esta situação, uma vez que o próprio presidente da República o havia “enquadrado”
- Que recebeu uma ligação de Gustavo Rocha, secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, dizendo que havia ingressado com recurso da decisão administrativa junto ao Minc e ao Iphan e que ele devia encaminhar os autos do processo para a AGU
Nenhum comentário:
Postar um comentário