domingo, 12 de março de 2017

Depois se os militares voltarem vão dizer que é golpe


O Brasil não é só o país  da corrupção é também o país do contraste. Veja o que registrou o último Censo com relação a cidade do Rio de Janeiro: — pasmem —  um quarto da população carioca, que é de cerca 6,5 milhões de habitantes, pelo menos 1,6 milhões vive em locais desprovidos de infraestrutura e urbanização.
 
Essas pessoas, vive em  comunidades/favelas sem saneamento básico, sem espaços compatíveis para circulação, sem coleta de lixo, sem um sistema regular de transporte, sem escolas, sem segurança e ainda por cima sujeito as "Leis" de traficantes e milicianos. Isso na maioria das vezes a menos de 300 metros do ambiente urbano, como Copacabana, Leblon e outros bairros de gente rica. 
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A ausência do Estado na dita e cantada cidade maravilhosa é um exemplo crasso da negação de um direito constitucional conferido a todo cidadão brasileiro. Mostra o absoluto desprezo da sociedade e dos políticos pelas camadas mais pobres da população. 

Ainda vem o PT com medidas paliativas, maquiadoras e maquiavélicas, comendo caviar e o povo passando fome ou comendo mal, dizer que tirou 32 milhões de pessoas da linha de pobreza.  Se na cidade maravilhosa é assim imagine no resto do país!
 
As políticas sociais no Brasil são um verdadeiro tiroteio ideológico, vemos, de um lado, um grupo defendendo medidas ultrapassadas  e, de outro, os salvadores da pátria e da economia de mercado contrários a necessidade de intervenção do Estado em áreas carentes da cidade.  

Os primeiros com suas teses ultrapassadas levam o nada a lugar nenhum, já os defensores da outra corrente se preocupam unicamente em melhorar a imagem da cidade onde já existe infraestrutura para gerar novos e rentáveis investimentos.
 
Se não houver de imediato investimentos sociais maciços  nessas comunidades, assistiremos, em breve,  à violência urbana  se tornar descontrolada e o fim do convívio em tese pacífico com sociedade, ir para o beleléu. 

As grandes cidades brasileiras já estão vivendo um apartheid escancarado. Para comprovar isso basta circular, se possessível for, pelos subúrbios e periferias para constar, in loco, o abismo que separa essas áreas do restante da cidade.  Depois se os militares voltarem vão dizer que é golpe.

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