domingo, 21 de maio de 2017

'Fui vítima de bandidos que saquearam o País'

 

Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo
Minutos depois do pronunciamento que fez sobre a crise que atinge seu governo, Michel Temer reafirmou ontem ao Estado sua recusa em renunciar à Presidência, se disse vítima de “armação”, negou que tenha participado de um plano para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha e disse estranhar que a delação da JBS, que o atingiu, tenha sido selada “no momento em que a economia começa a se recuperar”.
“Fui vítima de bandidos que saquearam o País nos governos passados e não obtiveram acesso ao nosso. E negociaram um acordo pelo qual querem sair impunes!”, afirmou o presidente na entrevista, por telefone.
O presidente disse estar convencido da capacidade de rearticulação política do governo e deu sua versão para o encontro que teve com Joesley Batista, da JBS, em março – que foi gravado e entregue ao Ministério Público Federal, o que desencadeou a delação do grupo. “Esse sujeito me ligou seguidamente, ao longo de vários dias, me pedindo para ser recebido”, afirmou o presidente. Segundo ele, a segurança da Presidência vive repreendendo-o por “atender o celular”. “Eu tenho o hábito, que a segurança do Planalto vive reclamando, de atender o celular, responder mensagem. É um mau hábito pela liturgia do cargo, mas que eu adquiri da experiência parlamentar”, disse.
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