segunda-feira, 8 de maio de 2017

Primo do atual prefeito de Candeias é apontado como mandante da execução

 

De acordo com declarações dos acusados, Chico Pernambuco teria feito um acordo financeiro antes da campanha com o grupo político do atual prefeito. Ele teria prometido entregar as secretArias de Educação e Agricultura, mas, eleito, não cumpriu e ainda atrapalhou uma licitação que beneficiaria a quadrilha instalada na Prefeitura de Candeias com seu apoio.
Da reportagem do Tudorondonia 
Publicada em 08 de maio de 2017 às 14:47
Porto Velho, Rondônia - As investigações da Polícia Civil apontam que Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema(foto), que é primo do atual prefeito de Candeias do Jamari, Luiz  Ikenohuchi, teria sido o mandante do crime de execução contra o ex- prefeito Francisco Vicente de Souza, o Chico Pernambuco (PSB). A polícia relata que Katsumi conseguiu fugir do cerco policial nesta manhã e não se sabe seu  paradeiro. Ele estaria mudando constantemente de endereço para tentar escapar da prisão. 
Os acusados  presos pela morte de Chico Pernambuco  foram identificados como Marcos Ventura Brito, Willian Costa Ferreira ,  Henrique Ribeiro de Oliveira , Diego Novais Conceição e  Yasmin Xavier Tejas. Eles  foram encaminhados nesta manhã para Delegacia de Homicídios na capital, onde foram ouvidos pelos delegados responsáveis pelo inquérito e posteriormente encaminhados para o presídio Pandinha, onde ficarão  presos provisoriamente.
Segundo a polícia , de acordo com depoimentos dos suspeitos, Chico Pernambuco teria feito um acordo antes da campanha com um grupo político do atual prefeito. Durante o pleito eleitoral, o então candidato  teria recebido a quantia de R$ 300 mil sob compromisso de disponibilizar as secretarias de Educação e Agricultura para o grupo. Após ser eleito, ele não cumpriu o compromisso.
 Marcos teria sido contratado junto com os demais comparsas por Katsumi , primo do atual prefeito, pelo valor de R$50 mil,  para executar o Chico. Dessa forma o primo assumiu o cargo de  prefeito de Candeias do Jamari.
A prisão dos acusados ocorreu durante a denominada Operação Brutus, da Polícia Civil, deflagrada a partir das investigações resultantes da prisão de Marcos Ventura Brito por tráfico de drogas. Com ele a polícia apreendeu a arma do crime. Marcos vinha sendo monitorado pela Delegacia de Narcórticos, inclusive com gravações telefônicas. Sua mulher, Yasmim, também foi presa. 
Agindo em nome do primo do vice-prefeito de Candeias, eles teriam contratado , em 7 de março, William, Henrique e Diego para darem cabo da vida do prefeito, o que possibilitou a posse do vice. 
A polícia apurou que Pernambuco vinha sofrendo pressões do grupo que o apoiou na eleição, por isso chegou a oferecer as secretarias de Educação e Meio Ambiente, mas apenas para os cargos titulares. Os assessores só poderiam ser indicados e nomeados por ele. 
O estopim para a morte de Pernambuco foi o fato dele ter atrapalhado uma licitação que seria ganha pelo grupo do vice-prefeito. 

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