sexta-feira, 18 de agosto de 2017

23% dos profissionais da área são graduados em enfermagem, diz pesquisa da Fiocruz

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Dos 1,8 milhão de trabalhadores das equipes de enfermagem no Brasil, somente 23% são formados no curso superior de enfermagem. Os outros 77% são auxiliares e técnicos. Os dados são da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil feita Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que considera as redes pública e privada.
Maria Helena Machado, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, lembra que o índice de enfermeiros graduados é baixo, mas já foi muito menor. “Na década de 60 só tínhamos atendentes de enfermagem que nem existem mais e médicos. Mas, mesmo assim, o índice de hoje é deficitário. A tendência é que cresça, o ideal é chegar a 50%.”
Segundo ela, a pesquisa mostrou que os 77% dos profissionais que estão na área sem graduação têm vontade de fazer faculdade em enfermagem. “Há um predomínio acentuado de profissionais com nível técnico e isto é nocivo para o sistema de saúde. Mas há uma demanda latente na própria equipe de enfermagem em se graduar. Acho que haverá uma transformação em um médio prazo.”
Na prática, os auxiliares e técnicos não estão aptos a fazer procedimentos mais complexos como a implantação de cateter. Cabe a eles aplicar injeções, administrar remédios, dar banho, entre outros cuidados com os pacientes.
Para ser auxiliar de enfermagem é preciso ter nível fundamental e concluir um curso de um ano. No nível técnico, o curso dura dois anos, mas para fazê-lo é necessário já ter concluído o ensino médio formal. A faculdade tem duração de quatro ou cinco anos, dependendo da instituição.
Os enfermeiros graduados ganham, em média, o dobro dos técnicos e auxiliares. Segundo levantamento do IDados com base em dados do governo, em 2015, o salário médio da carreira era de R$ 4.254,55. Em 2005, era R$ 3.936,61.

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