Trouxe para você
um kit ternura.
Vem composto
de um beijo molhado e aquecido
no ponto ideal.
Para não causar resfriado
nem queimadura de terceiro grau.
Uma mordiscada
para ser usada por perto da nuca,
de preferência sempre perfumada;
um sussurro na orelha,
no lado de trás,
onde o arrepio se satisfaz;
um abraço tão justo, tão justo,
que o coração pode levar um susto
com medo de ser atropelado;
um carinho tão preciso
que lhe faça desvestir o juízo,
e de tal habilidade,
que, a cada recaída minha
de infidelidade,
possa servir como abono.
Um aviso
para ser colado à testa
e em toda fresta que você tiver:
“Tem dono.”
Flora Figueiredo
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Flora Maria Loureiro Figueiredo é natural de São Paulo, nascida em 1951. Poeta, cronista, tradutora, compositora, foi vice-presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, membro da Women Association of Journalists and Writers, correspondente do Centre International d´Études Poétiques, na Bélgica, de cujo acervo constam suas obras. Durante três anos foi responsável pela última página da Revista Cláudia. Finalista do Prêmio Jabuti em 2000 na categoria Poesia, é membro da União Brasileira de escritores (UBE). A autora publicou as obras poéticas: Florescência (também lançado em Portugal), Limão Rosa, Amor a Céu Aberto, Estações, O Trem que Traz a Noite, Chão de Vento e participou de várias Antologias. Seus livros foram adotados pelas redes públicas de ensino. Tem trabalhos nas áreas publicitária e musical, com parceiros como Ivan Lins, Natan Marques, maestro Aylton Escobar e vários outros.
:: Fonte: Editora Novo Século (acessado em 27.4.2016).
:: Fonte: Editora Novo Século (acessado em 27.4.2016).
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