
O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), completou ontem um mês no papel de articulador e representante do governo Jair Bolsonaro (PSL) entre os deputados federais. Pelos corredores da Casa, é criticado por colegas por falta de proatividade, tato e negociação com os parlamentares. Mas há quem o defenda, e acredite que esse é o caminho natural de um novato com boas intenções - ele tem até tomado "lições" de deputados veteranos para se adequar ao posto.
Sei do caráter estratégico e da sensibilidade da função. E aos modos dos outros novatos eu nunca fui político. A sociedade tem uma aspiração de ver a política renovada. Então isso vai ao encontro com o que a de tem uma aspiração de ver a política renovada. Então isso vai ao encontro com o que a sociedade quer. Agora, é lógico que gera um ônus para quem está assumindo porque tem que entregar resultados.
O major tem entre umas das principais funções viabilizar o consenso em torno da reforma da Previdência. Ele entende que esta missão está sendo executada aos poucos, conhecendo as pessoas e entendendo as demandas. E justamente por ser um iniciante é criticado pelos deputados, que questionam sua capacidade de articular e criar consensos.
A necessidade que o major tem de demonstrar recebimento de apoio pode ser percebida na sua rotina na Câmara. Durante uma caminhada pelo corredor da Casa, o deputado foi abraçado e levantado do chão pelo correligionário Professor Joziel (PSL-RJ). "Você já viu um deputado ganhar um abraço desse? Você tem que retratar isso. Vocês só retratam quem bate em mim. Tem que dizer 'pô, o cara é abraçado no corredor'", disse, rindo, à reportagem após o abraço.
O esforço em demonstrar que angariou aliados está também nas redes sociais, canal preferido pelos bolsonaristas. No dia 8 de fevereiro, o líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), sugeriu a troca de Vitor Hugo. O major rebateu a postagem no Twitter e nos dois dias seguintes fez 12 publicações de parlamentares declarando apoio, entre eles o senador Major Olímpio (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
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