terça-feira, 2 de outubro de 2012

CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO?



A água  (água da rede de distribuição, praias, poços, etc) , tão necessária à vida do homem, pode ser também responsável por muitas doenças, denominada doenças  de veiculação hídrica

As doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas por substâncias que não fazem parte da composição da água, encontrando-se aí acidentalmente, como, por exemplo, a contaminação por chumbo, cianetos, mercúrio, defensivos agrícolas, etc..

Essas doenças podem ser também causadas por micróbios patogênicos como os vírus, bactérias, protozoários, fungos e helmintos, que são alheios a fauna e flora naturais da água, mas podem causar doenças infecciosas, direta ou indiretamente, como por exemplo, febre tifóide, cólera, amebíase, shigelose ou disenteria bacilar, hepatite infecciosa, leptospirose, giardíase; dengue, febre amarela, malária, filariose; ancilostomíase, ascaridíase, salmonelose, escabiose,pediculose, tracoma, conjuntivite; esquistossomose,etc. .  -  

Além disso, a água pode provocar alterações na saúde, caso não possua certos minerais na dose necessária. O bócio ou “papo” se adquire quando a água utilizada não tem iodo. O índice de cáries dentárias pode ser reduzido com a adição do flúor na água. Também pode ocorrer intoxicação se a água utilizada contiver algum produto tóxico.  

Ontem, 01/10, assisti  o Programa Rondônia em Debate, onde  a Gerente Operacional da Companhia de Águas e Esgotos – CAERD, Neusa Gomes dos Santos, foi a entrevistada, mais uma vez fui convencido pela falta de argumento da direção da  CAERD, tanto a nível estadual como local, de que essa empresa não pode em hipótese nenhuma mais continuar na gestão dos recursos destinados ao saneamento básico (esgotamento sanitário e água tratada) no Estado de Rondônia.

 Essa conversa de que a companhia passou por um período de dificuldades, uma vez que a seca não possibilitava a captação de água, em quantidade suficiente para abastecer a cidade, é confessar um crime de responsabilidade  administrativa, pois compete a ela, CAERD, como empresa responsável pelo setor e a Gerente Neusa Gomes  cuidar para isso acontecendo exista um plano “B”, para que mais uma vez a população não pague pela má gestão que ora grassa no órgão, em todas as esferas administrativa deste. 

Ontem conversei com um funcionário e este me disse que a partir de hoje o que teve de melhora volta  ao mesmo quadro da semana passada. Portanto é conversa fiada a conversa da gerente no programa, sobre as chuvas  na nascente do igarapé D´Arlencourt.

 Quanto a trazer água do igarapé Manicoré, que fica cerca de 4 quilômetros, para resolver de vez o problema, não é verdade e ainda vai uns dois meses ou mais paras que se torne realidade. 

Quanto a afirmação da Gerente Neuza Gomes: “Isso não depende da CAERD, mas sim de todos os cidadãos, uma vez que apenas a preservação do meio ambiente poderia sanar estes problemas de pouca água”, não é verdade, a CAERD é responsável sim, por não se planejar adequadamente.

 Quanto a solução definitiva para o município de Rolim de Moura, citado pela Gerente como “sendo a captação d’água no Rio Machado”, é verdade, mais por falta de Projetos de Engenharia e Ambiental é uma solução em longo prazo. 

Em outubro de 2011, participei em Porto Velho de um treinamento do VIGIAGUA, onde a Doutora Maria Bahia, da Gerência de Controle de Pesquisa e Qualidade da CAERD era uma das palestrantes e eu perguntei a esta sobre os recursos de saneamento básico incluídos no PAC, tão anunciado pelos políticos de Rondônia, se esse dinheiro realmente existia e recebi como resposta o seguinte: Os políticos quando falam desses recursos passam a idéia que eles já estão em caixa, mas não é bem assim, para que eles possam ser utilizados necessitam de um Projeto de  Engenharia e de um projeto ambiental.

Feito isso vai para LICITAÇÃO, depois tem que ser EMPENHADO e só então é liberado e isso demanda tempo. Perguntei quanto tempo? Ela respondeu não tenho como prever. Eu sugeri depois da Copa do MUNDO e ela disse rindo, tai uma data de referência. 

Mas o que mais me fez SER  TOTALMENTE CONTRA A GESTÃO DA CAERD, FOI QUANDO ELA DISSE QUE A ÚLTIMA Estação de Tratamento D’Agua feita pela CAERD em Porto Velho completou 30 anos em agosto de 2011 e é chamado de ETA nova.

 Fora CAERD, fora a incompetência. Cadê o Ministério Público?