Felipe Resk
São Paulo - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, admitiu que o Brasil vive uma epidemia de dengue, mas descartou que vai fazer alterações nas estratégias para combater a doença. Valendo-se de um discurso de "compartilhar os desafios de controlar a dengue", Chioro evitou responsabilizar individualmente alguma esfera de governo ou atribuir aos cidadãos a culpa pelo aumento no número de casos da doença.
O jornal O Estado de S.Paulo revelou que a taxa de incidência nacional já chega a 367,8 casos por 100 mil habitantes, considerada epidêmica segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em cerca de 34 minutos de entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 04, o ministro foi questionado três vezes se o País vivia ou não uma situação de epidemia. Na primeira vez, negou. No entanto, confrontado pelos dados, o ministro voltou atrás.
"Nós temos 745.957 casos até o dia 18 de abril e sabemos que esse número aumentará. O Brasil vive uma situação de epidemia", afirmou Chioro. A situação ainda tende a se agravar porque o pico da doença acontece a partir da segunda quinzena de abril, além das primeiras semanas de maio - números que ainda não foram contabilizados. Apesar da situação, o ministro deixou claro que não deve adotar medidas emergenciais para conter a doença. "Isso não muda absolutamente nada o plano de contingência e a estratégia de controle", disse.
De acordo com Chioro, sete Estados brasileiros, que "claramente estão em critérios de situação epidêmica", puxam o índice para cima. São eles: Acre (1.064,8 casos por 100 mil habitantes); Goiás (968,9); Mato Grosso do Sul (462,8); Tocantins (439,9); Rio Grande do Norte (363,6); Paraná (362,8), além de São Paulo - terceiro lugar no ranking nacional, com 911,9 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Para Chioro, o aumento dos casos neste ano está associado a condições climáticas, além do agravamento da crise hídrica e do "relaxamento" de alguns locais após a diminuição de casos da doença em 2014. "De certa forma, em algumas localidades, os resultados do ano passado fizeram com que se desarmasse a mobilização da sociedade em algumas ações", afirmou o ministro. "Apenas três Estados - Espírito Santo, Amazonas e Distrito Federal - tiveram diminuição do número de casos em relação a 2014."
"Nós precisamos aprender cada vez mais como mobilizar a sociedade. No caso da dengue, enquanto não houver vacina, não podemos desarmar as nossas ações de prevenção mesmo após um ano de resultados excepcionalmente bons."-
O jornal O Estado de S.Paulo revelou que a taxa de incidência nacional já chega a 367,8 casos por 100 mil habitantes, considerada epidêmica segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em cerca de 34 minutos de entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 04, o ministro foi questionado três vezes se o País vivia ou não uma situação de epidemia. Na primeira vez, negou. No entanto, confrontado pelos dados, o ministro voltou atrás.
"Nós temos 745.957 casos até o dia 18 de abril e sabemos que esse número aumentará. O Brasil vive uma situação de epidemia", afirmou Chioro. A situação ainda tende a se agravar porque o pico da doença acontece a partir da segunda quinzena de abril, além das primeiras semanas de maio - números que ainda não foram contabilizados. Apesar da situação, o ministro deixou claro que não deve adotar medidas emergenciais para conter a doença. "Isso não muda absolutamente nada o plano de contingência e a estratégia de controle", disse.
De acordo com Chioro, sete Estados brasileiros, que "claramente estão em critérios de situação epidêmica", puxam o índice para cima. São eles: Acre (1.064,8 casos por 100 mil habitantes); Goiás (968,9); Mato Grosso do Sul (462,8); Tocantins (439,9); Rio Grande do Norte (363,6); Paraná (362,8), além de São Paulo - terceiro lugar no ranking nacional, com 911,9 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Para Chioro, o aumento dos casos neste ano está associado a condições climáticas, além do agravamento da crise hídrica e do "relaxamento" de alguns locais após a diminuição de casos da doença em 2014. "De certa forma, em algumas localidades, os resultados do ano passado fizeram com que se desarmasse a mobilização da sociedade em algumas ações", afirmou o ministro. "Apenas três Estados - Espírito Santo, Amazonas e Distrito Federal - tiveram diminuição do número de casos em relação a 2014."
"Nós precisamos aprender cada vez mais como mobilizar a sociedade. No caso da dengue, enquanto não houver vacina, não podemos desarmar as nossas ações de prevenção mesmo após um ano de resultados excepcionalmente bons."-
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------OPINIÃO DE CHICO MELO
Faço esse questionamento ao Ministro da Saúde por entender que o combata a Dengue está sendo feito de forma paliativa e de um certo modo irresponsável no tocante ao uso do dinheiro público.

Sei que o combate a dengue não é fácil, pois depende de ações diversas envolvendo vários atores. É com um pouco de cada um que podemos chegar ao ponto central que é a erradicação da dengue, ou pelo menos um controle aceitável do ponto de vista sanitário
Não se combate dengue com ações pontuais isoladas e nem com a fábula do passarinho que ao ver a floresta pegando fogo foi em um lago e ficou levando água no bico e dizendo: estou fazendo a minha parte. Na dengue tem que ser o esforço de todo mundo, tanto o público como privado e, se for preciso o uso da Lei, que está seja aplicada.
Eu fiz questão de postar a matéria com Dr. Mauro Tada, por que quando fui Gerente de Vigilância Sanitária do Estado de Rondônia, conversava muito com este e aprendi bastante sobre o combate a dengue.
Pena que o governo do estado não o valorize. Até por que ele, Dr. Mário Tada, é quem mais entende de combate a DENGUE E MALÁRIA no estado.
O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao admitir na matéria acima que o Brasil vive uma epidemia de dengue, mas descartar que não vai fazer alterações nas estratégias para combater a doença, foi no mínimo infeliz, para não dizer que foi irresponsável do ponto de vista sanitário.
A estratégia de combate a DENGUE, ta errada, é omissa quanto a informação sobre a doença (DENGUE).
O Ministério da Saúde tem a obrigação de dizer que:
1 - A Dengue só no máximo 25% dos casos se manifestam clinicamente;
2 - que de cada dez (10) casos positivos somente um é comprovado em laboratório;
3 - que só são investigados pelo setor de epidemiologia os casos suspeito de dengue quando o médico coloca no prontuário médico suspeito de dengue;
4 - que em mais de 90% dos casos suspeito de dengue consta no prontuário médico apenas a palavra virose e quando é assim não é investigado;
5 - que de forma irresponsável, pelo menos do ponto de vista sanitário,o Ministério da Saúde não aceita exames feito por Laboratórios Particulares;
6 - é omisso quando evita responsabilizar individualmente alguma esfera de governo ou atribuir aos cidadãos a culpa pelo aumento no número de casos da doença.

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