No placar de 6 votos a 3, votaram a favor do afastamento de Renan os ministros Marco Aurélio Mello, Edson Fachin e Rosa Weber. Do outro lado, os ministros Celso de Mello, Teori Zavascki, Dias Toffoli, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia foram contra tirar o presidente do Senado da posição.
A decisão, no entanto, permitiu que o peemedebista continuasse no cargo, mas fosse impedido de assumir a presidência da República, caso o titular se ausente.
Para o ministro Marco Aurélio, o argumento de Celso de Melo - que baseou seu voto na independência dos Poderes e disse não haver urgência para afastar Renan – foi “meta-jurídico”.
“Ele [ministro Celso de Melo] apontou que sem ele [Renan] não teremos as reformas indispensáveis para corrigir o mal da crise econômica. Que poder tem esse homem? Será que ele é o Senado da República? Receio que tenhamos um deslocamento das manifestações para o lado do Supremo na Praça dos Três Poderes. Às vezes as coisas têm que ficar muito ruins para se chegar a um conserto, com S e com C”, disse à Jovem Pan.
Atrito com Gilmar Mendes
O ministro do Supremo Gilmar Mendes criticou a decisão do colega Marco Aurélio de ter afastado Renan Calheiros. Em entrevista chegou a dizer que o caso era de “reconhecimento de inimputabilidade ou de impeachment”.
Em resposta, Marco Aurélio disse não ter acreditado na fala. “Olha a que ponto chegamos. Eu disse quando soube que estava percebendo o inimaginável e não poderia acreditar na fala. Não sei como ele chegou a dizer o que disse, mas é de todo lamentável”, respondeu.
Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã: