sábado, 7 de outubro de 2017

Tudo como dantes no quartel de Abrantes

Segundo a tradutora Flávia Souto Maior  a frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica. Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês. Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.


O general encontrou o país praticamente sem governo, já 
que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte 
portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, 
ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A 
tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o 
dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a 
resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no 
quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar 
quando nada mudou.

Após um ano de debates e negociações entre os partidos, 
sobre reforma política,  o sistema eleitoral brasileiro 
praticamente não mudou nada, essa é a grande verdade.

Ao final da discussão, os parlamentares não aprovaram nada 
política. É  evidente que os políticos   estão desacreditados pela pratica da corrupção desenfreada, mas a  criação do fundo eleitoral aprovado em uma pseudo
 reforma é o   pior exemplo que existe em defesa da ética e da da moral 
na politica brasileira.
Usar recursos públicos para bancar  campanha 
política é o mesmo que dizer somos safados e réus confessos.
Com isso, em 2018, as eleições não mudam: permanece o
 sistema proporcional de lista aberta para a escolha de 
deputados federais e estaduais.
Nesse sistema, o eleitor pode votar no candidato ou no partido. 
As legendas poderão formar alianças e as cadeiras 
serão distribuídas depois de um cálculo (quociente eleitoral)
 que leva em consideração o número de votos válidos obtidos 
pela sigla ou coligação.
Nos últimos dez anos, o Congresso Nacional fez pelo 
menos cinco tentativas de aprovar uma ampla reforma 
política, mas 
sem sucesso em nenhuma delas.

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