Segundo a tradutora Flávia Souto Maior a frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica. Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês. Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já
que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte
portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão,
ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. A
tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o
dito irônico. A quem perguntasse como iam as coisas, a
resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no
quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar
quando nada mudou.
Após um ano de debates e negociações entre os partidos,
sobre reforma política, o sistema eleitoral brasileiro
praticamente não mudou nada, essa é a grande verdade.
Ao final da discussão, os parlamentares não aprovaram nada
política. É evidente que os políticos estão desacreditados pela pratica da corrupção desenfreada, mas a criação do fundo eleitoral aprovado em uma pseudo
reforma é o pior exemplo que existe em defesa da ética e da da moral
na politica brasileira.
Usar recursos públicos para bancar campanha
política é o mesmo que dizer somos safados e réus confessos.
Com isso, em 2018, as eleições não mudam: permanece o
sistema proporcional de lista aberta para a escolha de
deputados federais e estaduais.
Nesse sistema, o eleitor pode votar no candidato ou no partido.
As legendas poderão formar alianças e as cadeiras
serão distribuídas depois de um cálculo (quociente eleitoral)
que leva em consideração o número de votos válidos obtidos
pela sigla ou coligação.
Nos últimos dez anos, o Congresso Nacional fez pelo
menos cinco tentativas de aprovar uma ampla reforma
política, mas
sem sucesso em nenhuma delas.
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